EIXOS TEMÁTICOS
Gênero, arquitetura e urbanismo na pós-pandemia (?)
É notório que as cidades foram e são pensadas, predominantemente, privilegiando determinados corpos e classes sociais. No entanto, é essa a cidade que queremos e necessitamos? Qual o papel da arquitetura e do urbanismo na construção de sociedades mais justas? Quais são as mudanças nesta atuação que uma crise sanitária e socioeconômica global trás? Quais são os desafios que este “futuro” nos impõe? Neste eixo propomos refletir e tecer diálogos sobre novas realidades possíveis como produto da ação de profissionais que atuam como agentes transformadores do espaço.
O gênero no ensino da arquitetura e urbanismo
Considerando que a arquitetura e a produção do espaço urbano são feitas por sujeitos com experiências e intenções diferentes, sem necessariamente refletir diversidade, pensa-se então nos corpos que existem neste espaço e de quem está por trás de sua construção. Desta forma, como a mulher se insere na produção da cidade e como suas vivências são consideradas? Este eixo pretende discutir como o ensino da arquitetura e urbanismo contribui para reproduzir ocultamentos e/ou visibilidades de corpos na cidade, assim como refletir a questão de gênero na arquitetura e os desdobramentos da falta de protagonismo das mulheres na academia.
Patrimônio, arte e práticas cotidianas urbanas no pós-pandemia (?)
A arte e as ações cotidianas que envolvem o urbano afetam diretamente as experiências e a história da mulher e da cidade. Tendo em vista o processo de reconstrução de uma sociedade com mais equidade, consideram-se tais atividades como protagonistas na produção e compreensão de provocações em diversas escalas. Este eixo busca, portanto, a partir do contexto de gênero e da realidade pós-pandêmica, teorizar e ampliar visões sobre práticas diárias e artísticas que, ao se manifestarem, geram impactos sociais, além de contribuir para conquistas das lutas urbanas, artísticas e de gênero.
Urbanismo e gênero, políticas e práticas urbanísticas
A criação, desenvolvimento e crescimento das cidades contemporâneas, tem no seu cerne o urbanismo moderno, quase sempre pensado por e para homens. A equidade urbana precisa ultrapassar as fronteiras da militância. Assim como a historiografia está em constante revisão histórica, o planejamento das cidades deve acompanhar o processo e ter uma nova leitura dos agentes que compõe a cidade. Este eixo busca, estudos teóricos e proposições práticas de revisões de planos e legislações em busca de uma cidade mais justa e inclusiva.